O aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico caracterizam o glaucoma, que se inicia com um bloqueio ao fluido no interior do olho. O diagnóstico precoce pode preservar a visão do olho glaucomatoso e torna-se determinante um exame oftalmológico anual para todas as pessoas.
Quando não há dor, o paciente com glaucoma muitas vezes nem percebe que está perdendo gradativamente e pode perder a visão nos estágios finais da doença. Com isso, a visão encontra-se prejudicada e o dano, em geral, torna-se irreversível.
A pressão intra-ocular elevada pode destruir as células do nervo óptico e isso gera pontos cegos que se formam no campo visual. Esses pontos cegos podem ser periféricos, mas, em estágios mais tardios, atingem a visão central. Depois da perda visual, o problema torna-se irreversível, já que as células do nervo óptico estão mortas, e nada pode substituí-las até o momento.
Existem situações que podem colocar determinadas pessoas em maior risco de desenvolver glaucoma, tais como: idade acima de 45 anos, histórico familiar de glaucoma, pessoas com pressão intra-ocular anormalmente elevada, descendentes de africanos ou asiáticos, diabéticos, míopes, pessoas que fizeram uso prolongado de corticoesteróides e com lesão ocular prévia.
A coloração e aparência são importantes indícios quanto ao estágio do glaucoma e a devida extensão do problema. As principais formas são: glaucoma primário de ângulo aberto, glaucoma de pressão normal, glaucoma de ângulo fechado, glaucoma agudo, glaucoma pigmentar, síndrome de esfoliação e glaucoma pós-trauma.
Causas
O glaucoma é causado por diferentes doenças e, na maioria dos casos, propicia um aumento da pressão intra-ocular. Para entender melhor como o aumento da pressão afeta o olho é importante observar seu olho como um balão. Quando o ar é soprado em excesso para dentro de um balão, a pressão aumenta e atua sobre as partes mais frágeis do olho.
A pressão intra-ocular medida numa população normal é de aproximadamente 14 a 16 milímetros de mercúrio (mmHg ). Pressões intra-oculares acima de 20mmHg podem ser consideradas dentro da normalidade. Porém, pressão intra-ocular acima de 22mmHg é considerada suspeita ou anormal. No entanto, nem todos os pacientes com pressão intra-ocular aumentada manifestam glaucoma. O motivo disso ainda é fonte de estudos em vários centros de pesquisa.
Contudo, quando se eleva a pressão intra-ocular, as células nervosas tornam-se comprimidas e a danificação pode levar à morte dessas células, o que torna a perda visual permanente. Por isso, o bom diagnóstico e o tratamento precoces do glaucoma podem prevenir que tudo isso ocorra. Um exame bem feito de fundo do olho possibilita que o oftalmologista visualize o glaucoma através da pupila, assim como o nervo óptico.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a manifestação do glaucoma. Em geral, o tratamento inicial é clínico e o objetivo é promover a estabilização, retardar ou evitar o surgimento das alterações glaucomatosas, por meio da redução da pressão intra-ocular.
A determinação depende de uma análise clínica detalhada para promover o estado do glaucoma, idade do paciente e outros fatores de risco. Um bom tratamento do glaucoma repercute inclusive no estilo de vida e se relaciona à atividade profissional de muitos pacientes glaucomatosos.
O glaucoma pode ser tratado com colírios, medicamentos por via oral, cirurgia a laser, cirurgias tradicionais (trabeculectomia) convencionais e uma combinação de alguns desses métodos. A meta é impedir a perda visual e manter a pressão intra-ocular em níveis satisfatórios e devidamente controlados.
Qualquer medida deve ser prescrita e acompanhada por oftalmologistas e seguir rigorosamente as recomendações médicas. Já a cirurgia a laser tornou-se o método intermediário entre as drogas e a cirurgia tradicional.